Professor desde sempre, poeta às vezes, músico de família. Sobrevivente da fome, seguido por seguranças em lojas de elite, descobri na universidade, esse paradoxo institucional conservador, um lugar para resistir. Desde 2009 eu busco fugir da fome, como uma marca que me persegue. Desde 2018 eu tento fazer com que alunos e orientandos negros enxerguem como passado os quase 4 séculos de escravização negreira.
Escrevo compulsivamente. Minha escrita desorganizada se emancipa à medida que a cobram emancipada. Sou filho de dona Sônia e oriundo de Banco Central. Professor de inglês, sou audodidata desde os 8 ou 9 anos. O mundo me ensinou a ler com lentes que não mais largo. Meu ori é de jagun e a guerra é meu lugar
Doutor em Letras
Mestre em Linguística Aplicada
Universidade Federal do Sul da Bahia
University of Pennsylvania
King´s College London
University of South Australia
Pennsylvania State University
O poema se transforma num erê E sai de menino danado Nas sete portas do léxico Fantasiado de fantasia Apaixonado em euforia O poeta alcoolizado Vai se perdendo no destrato De homem-bomba da língua
Assim, é passível de reconhecimento do lócus onde se estrutura o chamado racismo cordial. Havendo a tentativa de obstrução da cordialidade no Estado, através do distanciamento entre interesses privados e públicos, o discurso oficial de Estado nega a violência estruturante e reafirma as narrativas já seculares das elites brancas brasileiras, de que o Brasil não é um lugar de violência e, portanto, não tem racismo. É neste momento que vamos nos centrar de agora em diante.
O humanismo merece a nossa crítica porque ele desumanizou o mundo inteiro em nome de uma branquitude angloeurocêntrica, que destruiu o projeto de modernidade com as mãos sujas de sangue do colonialismo e do capitalismo. O humanismo é o projeto que transformou os brancos em humanos e todos os negros em animais.